Portal do Butantan

De caixa de supermercado a coordenador do Butantan: para Marco Antonio de Oliveira, a “diversidade tem que ser vivida e vista”

O coordenador de Bioestatística do Butantan conta como a persistência e as boas oportunidades o levaram a lugares tidos como inalcançáveis para pessoas negras


Publicado em: 17/11/2023

Os pais de Marco Antonio de Oliveira nunca verbalizaram, mas se esforçaram arduamente para que ele pudesse estudar. Analfabetos, sabiam que o estudo que lhes havia sido negado abriria portas para o filho, e ele agarrou a oportunidade com todas as forças. Na cabeça do menino pobre e preto de Catanduva, no interior de São Paulo, a escolha era clara: se não estudasse, a vida seria ainda mais difícil. Hoje, aos 44 anos, depois de ter trabalhado como caixa de supermercado, atuado com serviços administrativos e sido professor em escola pública, Marco Antonio é coordenador de Bioestatística do Butantan e pode finalmente dizer que chegou lá – ou, pelo menos, está chegando perto.

“O sacrifício dos meus pais fez toda a diferença para que eu tenha trilhado o meu caminho.