Os pais de Marco Antonio de Oliveira nunca verbalizaram, mas se esforçaram arduamente para que ele pudesse estudar. Analfabetos, sabiam que o estudo que lhes havia sido negado abriria portas para o filho, e ele agarrou a oportunidade com todas as forças. Na cabeça do menino pobre e preto de Catanduva, no interior de São Paulo, a escolha era clara: se não estudasse, a vida seria ainda mais difícil. Hoje, aos 44 anos, depois de ter trabalhado como caixa de supermercado, atuado com serviços administrativos e sido professor em escola pública, Marco Antonio é coordenador de Bioestatística do Butantan e pode finalmente dizer que chegou lá – ou, pelo menos, está chegando perto.
“O sacrifício dos meus pais fez toda a diferença para que eu tenha trilhado o meu caminho.