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Vacinas

A vacinação é uma das medidas mais importantes para a prevenção de doenças. Nesse sentido, o Butantan contribui com a saúde pública brasileira com a produção de diversas vacinas contra vírus e bactérias, gerando produtos de alta qualidade, segurança e eficácia.

São oito tipos de vacinas fornecidas ao Ministério da Saúde, cuja capacidade produtiva atual é resultante do desenvolvimento interno na obtenção de antígenos vacinais, de processos de transferência de tecnologia e de parcerias de desenvolvimento produtivo (PDP) entre o Butantan e laboratórios externos.

 

Vacinas em desenvolvimento

Um longo caminho tem sido percorrido pelo Butantan no desenvolvimento de vacinas e adjuvantes, desde a pesquisa básica e a aplicação em etapas piloto, até o escalonamento a nível industrial, envolvendo equipes multidisciplinares em colaborações nacionais e internacionais. 

A aplicação de ferramentas biotecnológicas tem contribuído para avanços no desenvolvimento de novos antígenos e adjuvantes, o que permitirá aumentar a segurança, sem comprometimento da eficácia, na produção de novos produtos. 

 

A Vacina Dengue 1, 2, 3, 4 (atenuada), resultado da parceria com o NIH (National Institutes of Health dos Estados Unidos) e ATCC (American Type Culture Collection dos Estados Unidos), é composta por vírus geneticamente atenuados, para proteção contra os quatro tipos de vírus da dengue. Um ensaio clínico com 17 mil voluntários realizado em parceria com diversos centros nacionais encontra-se em fase final para obtenção do registro junto à ANVISA.

Uma estratégia da Organização Mundial da Saúde (OMS) definiu o desenvolvimento e a produção de uma vacina contra a gripe causada pelo vírus Influenza aviário A (H7N9). Butantan foi escolhido para ser um dos laboratórios mundiais a produzir e fornecer essa vacina, na iminência de uma pandemia pelo vírus H7N9. A vacina encontra-se em ensaio clínico fase II para a comprovação da segurança e eficácia.

O desenvolvimento da vacina Influenza tetravalente, com duas cepas de vírus A e duas cepas do vírus B, segue a estratégia do Ministério da Saúde de ampliar a eficácia da vacina na proteção contra a infeção pelo vírus da gripe. O Butantan está preparando a nova formulação da vacina que deverá substituir progressivamente a vacina trivalente nas campanhas de vacinação. 

Uma vacina adsorvida Difteria, Tétano e Pertussis menos reatogênica vem sendo desenvolvida graças à redução do teor de lipopolissacarídeo, uma molécula presente na membrana celular do componente Pertussis da vacina. Esse processo deverá propiciar a produção de vacina com menor risco de reações adversas, sem afetar a sua potência.  

Desenvolvido a partir do lipopolissacarídeo retirado da vacina Pertussis Low, o adjuvante BpMPLA vem sendo testado experimentalmente, demonstrando ser capaz de auxiliar vacinas a desencadear uma resposta precoce, elevada e prolongada. Espera-se assim reduzir a concentração de antígeno vacinal necessária e, consequentemente, os custos de produção.